Neste Domingo foi publicado no jornal Folha de São Paulo uma reportagem sobre o meu trabalho de divulgação científica sobre buracos negros: veja seis maneiras de morrer com um buraco negro.
A reportagem é muito divertida e gostei especialmente das ilustrações: tragédia no espaço.
Para os curiosos que lerem esta postagem e a reportagem da Folha, seguem esclarecimentos sobre alguns ponto do texto:
- As maneiras 1 e 2 de morrer no artigo são uma consequência do mesmo fenômeno físico, chamado de forças de maré e causado pelo comportamento da atração gravitacional a objetos astronômicos. Este tipo de fenômeno causa as marés na Terra.
- Sobre a maneira 3: não se preocupem, o nosso Sol jamais se tornará um buraco negro porque ele é muito “magrinho”.
- O telescópio de raios gama lançado pela NASA em 2008 chama-se Fermi, e não Glast. Glast era o nome da missão antes do lançamento. Eu estou envolvido com esta missão desde 2011.
- Na reportagem: “analisando os diferentes espectros de radiação emitidos pelos buracos negros […]”. Na verdade, os buracos negros não emitem radiação em si, o que brilha é o turbilhão de gás caindo neles ou o gás que é expulso antes de cair.
- A reportagem menciona que os buracos negros “ejetam mais energia do que absorvem — estão na verdade consumindo sua massa”. Nem todos os buracos negros se comportam desta maneira, mas uma pequena fração deles parece ter este comportamento bizarro, conforme eu e um colaborador temos pesquisado. Os artigos científicos relatando esta descoberta estão aqui e aqui.
Divirtam-se com estas tragédias espaciais!